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O objetivo desse blog é publicar todos os conceitos elaborados e sintetizados ao longo dos quase 15 anos de prática e estudos em Estratégia & Gestão. Sou admiradora de sínteses e esquemáticos que muitas vezes, ou quase sempre, conseguem auxiliar o entendimento daqueles que buscam conhecimento. Meu grande objetivo é o “diferencial”: elaborar esquemas visuais que possam ajudar no entendimento da prática da gestão, governança e estratégia.

Uma imagem vale mais que mil palavras.”
Confúcio, filósofo chinês viveu em 470 a.C

Esse blog foi lançado em 28/12/2009

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

TI : O real sentido da letra "i"

Será que já podemos substituir a letra “I” da TI por INTELIGÊNCIA? O futuro, agora tão próximo, parece apontar para as tecnologias direcionadas ao mercado de dados para gerar inteligência, pouco se fala na informação. Nada vale se a “tal da informação” não se transformar de forma mágica e rápida em inteligência. As empresas entenderam que algumas tecnologias estão mudando os ritmos e a tomada de decisão dos negócios e começam a correr para se atualizar por meio da mobilidade, computação em nuvem, big data e redes sociais. É uma viagem sem volta, levando a TI à uma posição mais estratégica e com foco no cliente (quem usa!).


São algumas tendências que causam a ruptura de modelos tracionais de consumo de tecnologia. Brasileiros fiéis frequentadores de redes sociais como Twitter, Facebook e Google+. Em 2017 serão 110 milhões de acordo com a consultoria americana eMarketer. Isso acaba gerando uma busca incansável por mobilidade. No 2º trimestre de 2013 a venda de smartphones superou a de celulares comuns. Segundo a consultoria IDC foram 8,3 milhões de smartphones e 6,7 milhões de celulares. Isso se deve também à redução dos preços dos smartphones frente a concorrência direta com fabricantes chineses.

De acordo com a E.life, essa expansão ocorre em todas as faixas etárias e classes sociais. Esses pequenos equipamentos de alta performance acabam rebaixando os PCs e indo parar dentro das empresas. Isso traduz a “consumerização”, que é a tecnologia mais intuitiva, com os usuários mais familiarizados com seu uso e substancialmente mais autossuficientes para escolherem por si mesmos quais dispositivos, apps e métodos irão utilizar para trabalhar (self-service). Isso significa levar seus próprios hábitos diários e sociais para dentro da empresa!

A computação mais intuitiva - acessível a todo instante e na ponta dos dedos - gera um dos principais sintomas: o BYOD (Bring Your Own Device) que pode ser traduzido como “traga seu próprio dispositivo”. Isso significa que os colaboradores estão usando tablets e smartphones no seu dia a dia e querem trazê-los para seus ambientes de trabalho, normal não? Tão normal que já está criando uma ruptura na TI. O BYOD permite que os colaboradores usem dispositivos que mais os agradam para a realização das suas tarefas profissionais. O “departamento de TI” não é mais o guardião do ambiente tecnológico e nem tão pouco poderá homologar tudo que vem por aí através dessa onda.

A TI deve aproveitar o momento e ser estratégica através de uma liderança proativa nesse processo. Questões de risco, legais e trabalhistas devem ser fatores de ponderação para tomar as devidas ações e definir adequadamente as políticas. Claro, regras devem existir! Empresas começam a buscar como utilizar essa potencialidade dos usuários de tecnologia, mas entendem que ainda é difícil devido ao grande volume de informações dos ambientes móveis e sociais. Como investir sem garantias de resultados? É importante começar e experimentar, tatear esse novo personagem - do mundo digital - capaz de acessar em média 48 vezes seu smartphone em busca de novidades. É aqui que surge uma das grandes tendências, o big data.

O Big Data é um conjunto de soluções, processos e métodos de TI capaz de trabalhar com dados digitais em grandes proporções de armazenamento e velocidade de transmissão. Seria como extrair inteligência – sem quase intervenção humana – para estruturar dados em determinados contextos para a tomada de decisão. Como exemplo, é como traçar perfis em decorrência do uso desses pequenos dispositivos móveis fazendo essas novas tecnologias comungarem com dados embaralhados e em grande quantidade. Essa é a principal tendência muito bem mapeada e relatada pelo Gartner Consulting, segundo a consultoria crescerá mais de 50% até 2015.

Cerca de 90% de toda a informação disponível na internet foi criada nos últimos 3 anos. Esse processo está apenas aumentando a cada dia por meio da utilização de computação nas nuvens pelas empresas, num mercado com previsão de crescimento de 40% até 2016 segundo a Frost & Sullivan. Fica claro que o uso da nuvem é também uma tendência sem volta, uma vez que as pessoas não querem mais “carregar” suas informações, mas, sim, “acessá-las” por meio dos seus dispositivos móveis. O cloud computing é um local remoto, fora do ambiente físico da empresa e tem na disponibilidade e na economia seus maiores incentivadores. As empresas diminuem seus investimentos em infraestrutura e colocam seus arquivos, programas, plataformas e outros serviços para serem acessados via internet. Pagam pelo uso e não pela propriedade. Já é fato!


Isso tudo somado nos faz entender que estamos a caminho da tecnologia inteligente e integrada com foco no cliente, aquele chamado pela TI de usuário (nome ultrapassado!). São verdadeiramente clientes – cidadãos digitais - que escorrem os dedos através dos seus próprios dispositivos em busca de experiências em tempo real e personalizadas, a qualquer momento e a todo instante.